sexta-feira, 1 de julho de 2011

Encontremo-nos ao luar



Façamos um trato:
Encontremo-nos ao luar.
Olharei a lua e pensarei em ti
E estarei contigo.
Olharás a lua e pensarás em mim
E estarás comigo.
Será assim em qualquer lugar,
Em qualquer lugar sem mim,
Em qualquer lugar em que estivermos os dois.
Sente a minha presença,
Que eu sentirei a tua,
Sempre que estivermos à luz da lua.

Mas e se a lua faltar?
E se não houver lua?

Sirvamo-nos da luz das estrelas,
Mesmo da maior delas, da luz do sol.

Mas se não houver luz?

Sirvamo-nos da escuridão,
Encontrar – nos – emos mergulhados nela.
Mas não sejamos nunca separados,
Por nenhuma ausência,
Exceto pela ausência,
Pouco provável,
De um de nós dois

Vento que move a cortina
Me lembra você,
Luz de abajur
E lá fora talvez luar,
Silêncio de amadurecer
E fruta solta no ar,
Nenhum trim... ou trem ou som
Que ouse soar.
O tempo parado, perdido, incolor,
Ocupa o desvão desse qualquer lugar,
Como se o que é de fato, não há.
Se é melhor
Ficar só,
Não sei

Talvez
Sair
E alguém
Me achar.
Talvez
Você.
Olharei a lua e pensarei em ti
E estarei contigo

Olharás a lua e pensarás em mim
E estarás comigo

Se é melhor
Ficar só,
Não sei.
Talvez
Sair
E alguém
Me achar.
Talvez
Você.

Olharei a lua e pensarei em ti
E estarei contigo.

Olharás a lua e pensarás em mim
E estarás comigo.


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